Penso a mil, destruo a outros mil. Sentir nunca foi tão difícil
para mim, eu que rejeitei todos os meus sentimentos e fui tão feliz na minha
bela ignorância de saber viver. Continuo a escrever porque os sentimentos não
param de crescer, não consigo desligar o meu cérebro e já é complicado
encontrar boas formas para saber sorrir.
Tenho vontade de chorar muito. Tenho vontade de rir. Rir até esquecer que sou infeliz. Cansa-me o corpo saber que nunca sou verdadeiramente feliz, que esta procura pela felicidade tornou-se um meio para uma obsessão desenfreada na minha vida. Se algum dia conseguir ser feliz, espero conseguir congelar esse momento para nunca mais o esquecer. Agarrar-me aos sentimentos bons para saber que é possível sentir-me num espaço de plenitude e calma. Calma. Seria tão bom sentir calma em mim, conseguir respirar fundo e aproveitar o ar, o calor, as pessoas no seu caminho, os mundos que existem para além do meu pequeno, grande mundo.
Tenho vontade de chorar muito. Tenho vontade de rir. Rir até esquecer que sou infeliz. Cansa-me o corpo saber que nunca sou verdadeiramente feliz, que esta procura pela felicidade tornou-se um meio para uma obsessão desenfreada na minha vida. Se algum dia conseguir ser feliz, espero conseguir congelar esse momento para nunca mais o esquecer. Agarrar-me aos sentimentos bons para saber que é possível sentir-me num espaço de plenitude e calma. Calma. Seria tão bom sentir calma em mim, conseguir respirar fundo e aproveitar o ar, o calor, as pessoas no seu caminho, os mundos que existem para além do meu pequeno, grande mundo.
Tenho receio de ser mais uma. Mas a verdade, das verdades, é que
sou realmente mais uma no mundo. Não sou especial, não sou mais do que a pessoa
sentada ao meu lado, nem o senhor do autocarro. Talvez seja mais bonito pensar
que somos todos especiais, todos temos um propósito muito claro para viver.
Assim sim, seria tão bonita a vida que podíamos esquecer que os maus momentos
são uma via para sermos felizes. Já disse algumas vezes a palavra feliz e não
deixa de parecer tão longe, quanto o amor que desapareceu e insiste em não
voltar.
Não quero sentir, não quero, não quero, não quero. Quero apenas
cair no chão e pensar que tudo está bem. Não há razões para não querer sentir. E
quantas mais vezes tento interiorizar estas palavras, mais cresce uma
neutralidade estranha em mim. Uma neutralidade que puxa os pensamentos cansados
de quanto o amor é um sentimento complicado de digerir. O amor podia ser
contado em diversas versões até cansarmos-nos de pensar em amar. Seria
impossível, eu sei. Mas o sofrimento é tão certo, quanto morrer. E eu já tenho
medo de morrer, porque insistir em mergulhar num sofrimento profundo que me faz
deslizar por uma montanha russa de emoções?
Um dia espero conseguir fazer alguma diferença, espero transmitir
um sentimento a alguém, fazer com que um pensamento seja clarificado e ver a
paz a nascer em alguém. Pode ser um sentimento egoísta, mas nada me faz mais
feliz do que fazer a diferença em alguém. Escrever um texto que crie uma
borboleta no estômago, uma lágrima de saudade ou um alivio porque não somos os
únicos no mundo a sofrer, a sentir qualquer tipo de sentimento, bom ou mão.
Um dia, um dia... Posso vir a ser verdadeiramente feliz.
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